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Os prejuízos da cultura do: “vamos fazer juntos”

  • Foto do escritor: Maxmilliano Reis
    Maxmilliano Reis
  • 26 de jul. de 2024
  • 2 min de leitura

Os prejuízos da cultura do: “vamos fazer juntos”
Imagem de freepik

O Brasil é um país acolhedor. O povo daqui faz amizade fácil e gosta de unir um grupo para o churrasco, para a festa e para a praia (ou o Araguaia no meu caso). Esse traço comportamental é inevitavelmente levado para dentro das empresas.


A princípio, pode parecer algo positivo, pois algumas empresas comunicam às suas equipes que na verdade todos são “uma família”. No inconsciente coletivo brasileiro, há uma crença no agrupamento, como sendo a salvação e motivo de alegria generalizada.


Algumas empresas adotam essa crença, como um valor organizacional, na esperança de que os resultados sejam gerados a partir do “vamos fazer juntos”. 


É claro que existem aspectos positivos como a integração dos times e relações amistosas, contudo, as empresas devem ficar atentas ao risco de perderem produtividade e competividade por conta dos efeitos negativos de uma cultura fortemente baseada no grupismo (palavra criada por mim para traduzir o valor que desejo acrescentar ao texto).



Primeiro que em família, podemos falar de um tudo. Sentir diversas emoções e reagir de "N" maneiras. Na empresa não. Não podemos tratar um colega de trabalho mal, uma vez que estamos chateados com ele, por ter apontado um ponto de melhoria em nosso trabalho.


Em segundo lugar, existe uma tendência de que a maioria das pessoas se comportem e pensem da mesma maneira em culturas onde o grupo prevalece, fazendo tudo do mesmo jeito sempre. Sem mudar nada. Aqueles que desejam trazer inovação e melhoria são rechaçados e tidos como "vilões". Esse é um tremendo risco empresarial. Organizações que não inovam, padecem! Talvez com um clima organizacional amigável ao igual, mas padecem.


Em terceiro, há uma tendência de envolver mais profissionais do que o necessário - já que a cultura é fazer tudo junto - para resolver determinadas demandas (esse para mim é o maior risco de todos). Nessa história, atividades simples, como por exemplo: um erro no cadastro de um cliente para emissão de nota fiscal - que poderia ser solucionado por um assistente é realizada em conjunto com o(a) analista, o(a) coordenador e quiçá o(a) gerente. 


Vamos imaginar, que o custo por hora de cada profissional envolvido seja:


  • Assistente: R$ 85,00

  • Analista: R$ 130,00

  • Coordenador R$ 200,00

  • Gerente R$ 300,00


Deste modo, ou invés de investir R$85,00, a empresa acaba por investir: R$ 715,00 ou seja, 741% além do que deveria ter sido gasto (R$85,00).

É preciso cuidado com a cultura do “vamos fazer juntos”, ela pode estar gerando prejuízo para a empresa, ou na sua equipe. Em minha escola profissional, um líder deve sempre estar atento aos indicadores financeiros da sua gestão. Boa parte das decisões de um líder são decisões de investimento e financiamento que impactam diretamente na lucratividade e geração de caixa da empresa. 


O líder que permita um exemplo desse ocorrer em sua equipe, não está investindo bem os recursos da empresa, pois destruiu valor. Gerou prejuízo em apenas uma hora, com margem negativa de 741% no processo, equivalente a R$ 630,00. 


Vamos imaginar, que a cultura da empresa é “fazer juntos sempre” e todos os departamentos atuam dessa maneira, imagine o prejuízo que a cultura organizacional está acarretando para a empresa e o bolso dos sócios?


Você já passou por um exemplo parecido, comente abaixo. Tem uma visão diferente, comente abaixo.



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