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Por que estudar a Língua Portuguesa

  • Foto do escritor: Maxmilliano Reis
    Maxmilliano Reis
  • 3 de jan. de 2024
  • 3 min de leitura

Atualizado: 3 de set. de 2024

Um arte sobre a Língua Portuguesa

Faz um bom tempo que analiso a minha escrita, interiormente me questiono: sei o que estou escrevendo? Como sei que razão, se escreve com z e não com s. Como sei que também tem acento e passagem não. Reflexões como essas me fazem duvidar sobre a solidez do meu aprendizado da Língua Portuguesa nas escolas públicas que estudei.


Como trabalho com gestão, sei que comunicação é a chave do sucesso das equipes, logo, se não domino a principal ferramenta de comunicação no Brasil, como poderei ser um bom líder? Nos cursos de idiomas que fiz, todos professores diziam que: se você domina o português, vai aprender com facilidade outro idioma. Quando ouvia essa frase, sentia um frio na barriga todas as vezes. Sabia que tinha um nível razoável, mas também sabia que não sabia na essência, me amedrontava essa possibilidade. Percebi que já tinha motivos suficientes para responder a mim mesmo a pergunta: Por que estudar a Língua Portuguesa?


Diante dessa situação, decidi revisar meu aprendizado da Língua Portuguesa, por meio do curso de Português Completo de A a Z do Instituto Carlos André um renomado instituto em língua portuguesa e comunicação em Goiânia e do mundo agora, pois os cursos têm formato EAD e presencial. Amigos queridos haviam compartilhado comigo a satisfação deles em estudar nesse instituto (obrigado Thiago, Patrícia e Anehty).


Uma pessoa estuda Língua Portuguesa no computador
Acervo pessoal. Estudando no computador, Língua Portuguesa.


A metodologia do Instituto Carlos André é baseada na lógica e sistematização do ensino e isso me ajuda bastante a compreender assuntos antes difíceis para mim, como a acentuação por exemplo. As aulas são um banho de conhecimento sobre Língua Portuguesa, História, Sociologia e Filosofia, afinal a língua representa a cultura e no caso da nossa língua, temos uma história pregressa com Portugal e com o Latim.


Essa metodologia de ensino me auxiliou a ser mais crítico, de modo que pensei sobre o contingente de pessoas que, assim como eu, saíram da escola pública sem dominar o próprio idioma. 

Aquela famosa frase, do escritor Darcy Ribeiro: “A crise da educação no Brasil não é uma crise: é projeto” se integrou ao meu pensamento/sentimento, pois me vi resultado de tal projeto - infelizmente.

A contradição existente entre a metodologia de ensino da escola pública e o Instituto Carlos André, foi o que despertou a minha consciência, pois pensei: “Por qual razão não recebi uma educação qualidade”, ou: “Então é assim que aprendem os ricos”. Ao mesmo tempo eu estava feliz e triste, consciente e chocado.


A educação ofertada a mim, não era libertadora, mas utilitária, nessa metodologia educacional o indivíduo precisa ser, tão somente funcional, o individuo (e quero enfatizar: eu e muito provavelmente você e muitos outros) é formado para ser uma ferramenta do sistema. 

Agora, veja, sempre me achei diferente, pensava que esse projeto não havia me formado, pois eu fui muito estudioso e determinado na escola (e continuo sendo), contudo, em linha com minhas recentes reflexões e sentimentos, cheguei a infeliz conclusão de que - tal projeto me formou sim! 

Apesar de ser um estudioso, sem a estrutura necessária, meu nível educacional não havia me emancipado, apenas me tornado uma ferramenta estudiosa e, portanto, útil.

Quando tomei consciência do que aconteceu comigo, notei que, o que eu estou aprendendo no curso de Língua Portuguesa é o que me foi negado enquanto criança/cidadão. Como diz Paulo Freire: “ser estudioso é o maior ato de rebeldia contra o sistema”. O dilema aqui é - já que a educação pública não é libertadora você precisa se tornar independente financeiramente e portanto, ter condições de financiar a educação libertadora - que deveria ser seu direito na infância.


A interpretação que tenho desse momento é de que hoje sou mais livre, pois consigo refletir sobre a minha história, de maneira a reconhecer quais foram os objetivos da minha formação educacional e de tantos outros com experiência similar a minha.

Escrevo e publico esse relato com o intuito de expressar minha vivência e dialogar com aqueles que se sentirem tocados. Não tem um final bonito. Não tem uma história de superação. Tem uma história educacional que poderia ser diferente, libertária, mas não foi e não é. 


Contribua para os próximos artigos aqui do blog, envie uma mensagem para contato@maxmillianoreis.com


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